EDUCANDO COM AMOR

Série 10 razões: Ela não deve ser desprezada
maos"10 razões para investir na juventude de sua igreja" é uma série de artigos mensais da Juventude Batista Brasileira para o Jornal Batista. O objetivo dessa série é incentivar pastores e líderes das igrejas batistas a investirem na juventude de sua comunidade. Acompanhe a série no Jornal Batista e aqui no site. Leia agora o primeiro artigo da série que tem por título Ela não deve ser desprezada. 

  1. ELA NÃO DEVE SER DESPREZADA
Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza. I Timóteo 4.12
Vivemos dias realmente difíceis quando tratamos de juventude. Tanto fora quanto dentro da igreja vemos uma nova geração surgir sem comprometimento com valores morais e limites, e principalmente, sem o desejo de verdadeiramente entregar sua vida ao controle de Jesus.
São poucos os que realmente entenderam o chamado e estão dispostos a seguir pelo caminho estreito. São poucos também os ministérios com Juventude relevantes dentro das igrejas. Nós líderes estamos todos lutando para entender de Deus o que fazer com uma juventude tão conturbada e perdida.
Mesmo esta juventude nos apresentando tantos desafios, ela ainda é foco do amor de Deus e do seu cuidado e o nosso desafio como igreja contemporânea é entender como alcançar o coração desta galera, valorizando-os e dando oportunidade para mostrar a que vieram. Afinal, eles são fortes! (I João 2.14)
Paulo, na primeira carta endereçada a Timóteo, no capítulo 4, versículo 12 dá um valioso conselho ao jovem, seu colaborador e amigo, para a realização das suas responsabilidades pastorais. Vale a pena lembrar que o nome Timóteo significa “jovem que honra a Deus”.
Esse conselho também serve para a igreja pós-moderna que tem como desafio agregar seus jovens e treiná-los para assumir a liderança no futuro.
Paulo acreditava no potencial de Timóteo para liderar a igreja e o incentivou a continuar firme em sua missão. Mesmo correndo o risco de ser desprezado por ser jovem, Paulo o exortou a ser um exemplo para os fiéis em 5 áreas diferentes. Vejamos o que podemos aprender também com este conselho.
1) Ninguém o despreze pelo fato de ser jovem.
Desprezar é ter falta de apreço, desconsiderar, menosprezar, não dar crédito ou valor e é isso que tem acontecido em muitas igrejas. Os jovens não estão sendo levados a sério.
Muitos líderes menosprezam a força que a juventude tem. Muitos se esquecem que um dia já foram jovens também e tiveram sonhos.
Uma juventude motivada por sua liderança pode ser usada por Deus de maneira tremenda! Se a igreja souber conduzir sua juventude verá uma verdadeira “força tarefa” se levantar para lutar pelo evangelho.
Não podemos subestimar nossos adolescentes por não achá-los prontos para exercer funções importantes dentro do Reino. Eles podem nos surpreender, assim como Davi surpreendeu seus irmãos no campo de batalha, se oferecendo para lutar contra o filisteu Golias e vencendo (I Samuel 17).
Se for dada a oportunidade para a nossa juventude e sendo conduzida por homens que estão dispostos a servir de modelo de humildade e sabedoria, veremos muitos homens e mulheres segundo o coração de Deus surgirem!
2) Mas seja um exemplo para os fiéis.
Mas existe o outro lado da moeda também. Nos nossos dias não vemos a juventude tendo credibilidade como representantes do Reino. Temos deixado a desejar em nossas ações mediante a nova vida oferecida por Cristo.
Quando leio sobre a história de grandes homens do passado vejo pessoas que em sua juventude buscaram a santidade, a devoção sincera, o amor, a humildade, a abnegação e o desprendimento das coisas terrenas. Mas quando olhamos para esta geração vemos uma geração que se vende por muito pouco para o pecado e que abre mão dos valores eternos, por valores passageiros deste mundo consumista e egoísta. Uma geração que permite que ventos soprem das mais diversas partes fazendo-os desviar da pureza e da simplicidade da palavra de Deus.
Onde estão os jovens piedosos, cheios de graça e coragem, impelidos pelo Espírito Santo a guerrearem contra os desejos nocivos da juventude? Onde estão os adolescentes que querem pagar o preço de dobrar os joelhos em oração clamando a Deus pela salvação dos perdidos. Onde estão aqueles que têm pés formosos e que tem coragem de entregar suas vidas completamente para a obra evangelizadora no mundo sem pensar no que vão receber em troca. Uma juventude que simplesmente ambiciona fazer a vontade do Pai.
Sinto falta de ver uma juventude que sonha ser santa e que busca isso a cada instante. Que traz a presença de Deus ao mundo através da simplicidade da vida diária. Que são exemplos para a própria igreja. Exemplos de fidelidade.
3) Na fé, no amor, na palavra, na pureza e no procedimento.
A igreja é um corpo e neste corpo cada um tem seu valor e propósito. Assim também a juventude em nossas igrejas. Podemos dizer que a juventude é a força que move a igreja.
Nossa oração por eles precisa ser intensa e nosso clamor precisa ser em favor de jovens e adolescentes com uma fé genuína e alicerçada na Rocha que é Jesus. Cheios de amor, conectados a Deus, amando-o acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Firmes na Palavra da verdade e com coragem de proclamar esta Palavra. Puros e livres do pecado e buscando a santidade. Que marcam sua passagem pela terra com um proceder inspirado em Jesus!
Acredite na sua juventude. Dê oportunidade a eles. Desenvolva um diálogo sem pré-conceitos e você verá que existe muitas razões para se investir nessa moçada abençoada que precisa de ajuda, mas que tem muita disposição se motivada e incentivada!
Que a “Geração Paulo” veja na “Geração Timóteo” uma grande oportunidade de revolução e mudança para a honra e a glória de Cristo Jesus! Fazendo-se assim levantar uma verdadeira geração de jovens que honram a Deus.
* Nícolas Bastos é ministro de Juventude da Primeira Igreja Batista de Acesita, Timóteo/MG.
Conheça seus ministérios nos sites www.geracaotimoteo.com.br e www.tm412.com.br
Email: nicolasibbp@yahoo.com.br Twitter: @nicolasbastos
10 razões para investir na juventude de sua igreja é uma série de artigos mensais da Juventude Batista Brasileira para o Jornal Batista. O objetivo dessa série é incentivar pastores e líderes das igrejas batistas a investirem na juventude de sua comunidade. Para conhecer os projetos, eventos e recursos da Juventude Batista Brasileira, acesse www.juventudebatista.com.br twitter: @juventudebb


-------------------------------------------------------------------------------------------------------
Fortaleça seu ministério de juventude
forteToda igreja se emociona quando, durante um culto de domingo, adolescentes e jovens dirigem o louvor, dão testemunho e às vezes até pregam. Mas na hora de conseguir os líderes adultos para liderá-los, a maioria diz que não tem chamado, não tem jeito para esta faixa etária e outras tantas desculpas. Acaba sobrando para alguém que estava meio distraído na hora e aí não tem mais jeito de se safar...


Mas quando começa a se envolver, logo se apaixona ou se desespera. De um jeito ou de outro surge a questão: E agora, o que fazer? Como fazer? Socorro!
Talvez não tenha sido este o seu caso, mas certamente foi o meu. Comecei como substituto de professor da antiga EBD em uma turma de 15 adolescentes (o professor titular, que por acaso era meu irmão mais velho, estava se mudando de cidade e me constrangeu a quebrar um galho “só por um tempo até acharem outro professor”). Tinha na época 29 anos e agora 13 anos depois, além de continuar como professor de adolescentes e jovens na nossa escola de preparação de líderes, sou o pastor da Igreja Batista Central de Belo Horizonte responsável pela Rede da Juventude que reúne mais de 500 adolescentes (da 5ª série até o 3º ano) e jovens universitários e profissionais. Como arquiteto, jamais tinha pensado em me tornar um pastor... Hoje continuo com meu escritório de arquitetura e trabalho tempo parcial na igreja. Ao analisar a obra de Deus na minha vida e na vida de tantos jovens e adolescentes, custo a imaginar o que eu seria hoje se não tivesse aceitado “quebrar aquele galho”. Certamente os caminhos de Deus são mais altos que os meus.
Ao longo desta jornada tive o privilégio de aprender muitas coisas sobre o ministério com juventude. Algumas eu aprendi nos livros, outras com os pais, muitas com minha sábia esposa e filhos (tenho um de 15, um de 12 e uma de 9) e a maioria com os próprios jovens e adolescentes. Considero alguns pontos como sendo a base de um ministério de juventude saudável e frutífero. Estamos engatinhando em alguns e já caminhamos um tanto em outros – eu sei que é uma longa jornada, mas não desanime, pois é sempre apenas um passo de cada vez e depois um outro, e assim por diante. Gostaria de abordar rapidamente alguns destes pontos e ao final há sempre uma pergunta para uma reflexão pessoal. Vá respondendo a cada uma delas e faça uma avaliação do seu ministério.
1.      Presença Poderosa de Deus
A juventude busca algo maior, algo sobrenatural. Eles querem conhecer a Deus, estar conectados a Jesus, experimentar transformações de vida e participar de um mover especial do Espírito Santo. Se as nossas reuniões de sábado ou domingo, células e eventos especiais forem apenas sucessões de ritos religiosos vazios – um louvorzinho para animar, avisos, uma palavrinha morna sobre a ética da vida cristã ou do perigo do mundo invadir a igreja – que tipo de gente será atraído? Mas quando no período de louvor encontramos verdadeira adoração, em espírito e em verdade, corações quebrantados e arrependimento sincero, os céus se abrem sobre aquele grupo e o ES se manifesta com o seu grande poder. Dois ou três se levantam para compartilhar os milagres que viveram na semana. Depois vem o pregador e abre a boca para falar palavras ungidas, cheia de autoridade, trazidas diretamente do coração de Deus... Você ficaria de fora de um momento como esse? Você acha que alguns daqueles adolescentes difíceis “que não tem compromisso” ficariam de fora? Acredito que não! Todos anseiam a presença de Deus e se tenho certeza de que ele vai se mover de maneira especial eu não posso perder! Farei todo esforço para estar lá!
A presença de Deus é memorável no seu ministério?
2.      Liderança Ungida por Deus
Os jovens desejam referências humanas para aprender a andar com Deus. Eles buscam homens e mulheres maduros que tenham grandes experiências com Deus e que possam mostrar-lhes o caminho. Todo líder precisa dizer para o seu grupo a famosa frase: “Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo”. Se você não pode dizer isso, você tem duas opções: peça a Deus misericórdia a cada dia para que ele mude efetivamente a sua vida e assim você possa dizê-lo ou então entregue a sua liderança! Não podemos liderar um grupo, se não formos à frente mostrando o caminho na prática, no dia-a-dia. Posso ressaltar quatro pontos para você ser um líder bem sucedido:
a) Ame a Deus – com tudo! Pra valer! Mergulhe fundo nas suas águas! Seja apaixonado por ele e dedique todo o seu ser em suas mãos. Os seus liderados não entrarão nas águas se você apenas ficar na margem apontando o caminho. Eles precisam ver os efeitos de Deus na vida do líder, precisam ter certeza que vale a pena!E aí eles vão mergulhar também. Você está apaixonado por Deus?
b) Ame os seus jovens e adolescentes – dedique o seu tempo, os seus feriados, o seu coração, os seus talentos a cada um deles! Eles precisam saber que você não está “tampando buraco” ou “apenas de passagem” ou ainda usando-os como trampolim para vôos maiores. Eles querem confiar a vida deles a vocês. Eles querem se abrir e compartilhar os medos, os sonhos, as dúvidas, as bênçãos, as caídas e recaídas. Mas por que eles fariam isso se não sabem se você ainda estará por lá no dia seguinte? O seu coração está com os jovens/adolescentes?
c) Seja submisso à sua liderança. Neste mundo todo revirado quase não vemos mais a submissão plena. Como edificaremos jovens submissos à autoridade se nós não formos submissos? A insubmissão não é nada mais do que a velha rebeldia que gerou o caos em que vivemos neste mundo. Precisamos honrar publicamente a liderança que está sobre nós e sempre que necessário apresentar nosso questionamento e/ou crítica diretamente a ela. Não podemos semear insatisfação e contendas pela igreja. A qualidade da autoridade que você tem está diretamente ligada à qualidade da sua submissão. Você está em unidade com a sua liderança?
d) Comprometa-se com o crescimento pessoal – o seu crescimento como pessoa, profissional, líder, amigo, professor ou esposo/a é responsabilidade exclusivamente sua. Se a sua igreja, emprego ou família apóia o seu crescimento, ótimo. Se não apóia, saiba que isso não lhe libera da obrigação de crescer em todas as áreas da sua vida! Como ensina Dave Earley no livro “8 Hábitos do Líder Eficaz de Grupos Pequenos” (Ed. Ministério Igreja em Células no Brasil):
“Deus espera o nosso crescimento espiritual (II Pedro 3:18) por isso mãos à obra. É um processo para a vida toda, não um compromisso de curto prazo (Filipenses 3:12-14). O alvo é tornar-se um pouco melhor a cada dia e construir a partir do progresso do dia anterior. Deveria estar ocorrendo em quatro áreas-chave da vida: Sabedoria – vem daquilo com que alimentamos a nossa mente; Estatura – saúde física é resultado de dieta, descanso e exercício; Graça diante de Deus – crescimento ocorre por meio das disciplinas espirituais; Graça diante dos homens – investimento em relacionamentos-chave para crescer socialmente.”
Como líder, você precisa ter o hábito de participar de congressos, seminários, acampamentos de líderes; assistir/ouvir pregações de gente do mundo inteiro; ler livros continuamente (cristãos e não-cristãos) sobre adolescentes e jovens, namoro, casamento, relacionamento, missões, liderança, estratégias, aconselhamento, vida cristã, etc. Nesse item gostaria de sugerir alguns que me impactaram profundamente e que considero obrigatórios:
Igreja
Ministério com propósitos
Doug Fields
Ed. Vida
Pensando o ministério
Igreja com Propósitos
Rick Warren
Ed. Vida
Pensando a Igreja
Igreja em Células
Larry Stockstill
Ed. Betânia
Compreendendo a visão de uma igreja em células e a transição do modelo tradicional
Crescimento Explosivo de Igrejas
Joel Komiskey
Ed. Ministério Igreja em Células
Análise sobre o crescimento das maiores igreja no mundo
Paixão e Persistência – Igreja Elim de El Salvador
Joel Komiskey
Emocionante história de uma das maiores igrejas do mundo
8 Hábitos do Líder Eficaz de Grupos Pequenos
Dave Earley
Práticas da liderança de células e pequenos grupos
Liderança e Visão
O Último Degrau da Liderança
C. Gene Wilkes
Mundo Cristão
A última palavra sobre a liderança no estilo de Jesus – ser um servo.
Pode Falar Senhor, Estou Ouvindo.
Loren Cunningham
Ed. Betânia
Testemunho fantástico do fundador da Jocum, a maior missão do mundo
Ensinando para transformar vidas
Howard Hendricks
Ed. Betânia
Princípios para o professor impactar os corações dos alunos
Liderança Corajosa
Bill Hybels
Ed. Vida
Princípios de liderança honesta e testemunho pessoal
Vida Cristã
Eu amo você
Jaime Kemp
Ed. Betânia
Princípios bíblicos para um namoro no centro da vontade de Deus
O Prazer da Espera
Jim Burns
Ed. Mundo Cristão
Abordagem bíblica em questões variadas do mundo adolescente
Vale a Pena Esperar
Tim Stafford
Ed. Vida
A questão do sexo antes do casamento
Limites no Namoro
Henry Cloud
Ed. Vida
Visão equilibrada sobre o namoro
Disse Adeus ao Namoro
Joshua Harris
Ed. Atos
Proposta radical de santidade nos relacionamentos românticos
Certo ou Errado
Josh McDowell
Ed. Candeia
Distinguindo entre verdades absolutas de Deus e cultura vigente
O Jesus que Nunca Conheci
Philip Yancey
Ed. Vida
Uma visão completa e emocionante sobre quem é Jesus
Maravilhosa Graça
Philip Yancey
Ed. Vida
Compreendendo a grandeza e abrangência do amor de Deus
Por Esta Cruz Te Matarei
Bruce Olson
Ed. Betânia
Testemunho incrível sobre um jovem missionário na selva amazônica
3.      Visão Desafiadora
Tenho visto a diferença que faz ter uma visão clara do que se quer, de onde se quer chegar. Ela é fundamental para desenvolver o seu ministério. Qual é a sua visão para os seus jovens? Aonde você quer chegar? O que você vê no futuro (próximo ou distante)? Se você, sendo o líder, não sabe para onde está indo, então porque alguém em sã consciência iria acompanhá-lo? Às vezes nossos ministérios são apenas “vãs repetições” de coisas ultrapassadas que não levam ninguém a lugar nenhum. Porque insistir em fazê-lo? Se você não tem visão peça a Deus e ele vai mostrá-lo o que ele já está vendo!
Cada ministério precisa ter a sua razão de ser, sua declaração de propósitos, sua missão. A nossa Rede da Juventude existe para “transformar a nossa geração em verdadeiros discípulos de Jesus”. É um desafio maior que nós mesmos. Por isso desde os pré-adolescentes até os jovens mais velhos se dedicam de corpo e alma para cumprir esta missão. Quando eles compram a visão nada será difícil demais, caro, cedo, tarde, custoso, chato ou cansativo demais! Quer um exemplo? O meu grupo de discipulado não conseguiu nenhum horário para se reunir durante a semana – conclusão: a nossa reunião é aos domingos às 8hs da manhã! Quer outro: As células de jovens acharam um horário no mínimo estranho – toda sexta feira às 22h30min após a faculdade (e estão cheias de não crentes!). A visão precisa ser ousada, desafiadora e clara! Se tiverem uma visão, eles pagarão o preço.
Você deve estabelecer alvos claros para tudo que fizer – o quero alcançar especificamente e em qual prazo. Se não especificar claramente é apenas um desejo, um sentimento romântico. Se não definir prazos é só um sonho, um devaneio. Os alvos têm que ser mensuráveis e verificáveis para que ao final do prazo estabelecido se possa checar se eles foram alcançados ou não. Ex: Se eu disser que o meu alvo é melhorar a profundidade espiritual dos jovens não resolve, pois é muito vago e não consigo avaliar. É totalmente diferente se eu disser que quero até o meio do ano (o prazo) 80% dos jovens tendo um momento a sós com Deus pelo menos 4 vezes por semana (o que quero alcançar). Preciso agora descobrir um meio eficaz de verificar isso (por exemplo, uma enquête a cada fim de mês) e desenvolver campanhas para atingir meu alvo (pregações e lições de célula sobre o tema, testemunhos de gente que tem o costume de fazer, distribuição de diários de momento a sós, incentivo para os que alcançarem as metas, etc.). Ao final de cada mês avalio como os jovens estão progredindo e reforço as promoções ou as modifico para que no final do semestre consigamos atingir o alvo proposto! Não tenha medo de números. Eles servem para nos ajudar a ver se estamos no caminho certo ou se estamos perdendo o nosso precioso tempo.
Você tem uma visão para o seu ministério? Quais são os seus alvos?
4.      Identidade de Grupo
Todos sabem da importância de pertencer a um grupo, de ser aceito, de se identificar com algo. Na juventude esta questão se torna crucial. Daí a profusão de jovens em equipes esportivas, gangues de rua, torcidas organizadas, grupos religiosos, milícias, galeras e tribos. E sempre tem os elementos de identificação – sejam gírias ou modos de falar e de andar, estilos de roupas, penteados e maquiagem, locais de encontro, atividades esportivas, piercings, tatuagens, gestos, sinais e atitudes.
O seu ministério precisa desenvolver uma identidade clara da qual os jovens tenham orgulho – isso é mais do que um nome, uma marca ou um estilo. É algo que os estimule a trazer seus colegas de escola ao invés de sucumbir à tentação de acompanhá-los nos seus caminhos duvidosos. Tem que ser uma identidade viva, desafiadora, dinâmica. Essa identificação entre o ministério e a própria vida deve ser tão forte que eles possam se colocar diante de uma sala de aula e se posicionar a favor de Jesus e de sua igreja sem constrangimento algum: “É isso que sou e me orgulho disso!”.
Para ajudar nesse processo de marcar a nossa identidade na Rede da Juventude temos um símbolo que sintetiza a nossa missão: uma espiral colorida que mostra cada passo que queremos conduzir o jovem para transformá-lo em um verdadeiro discípulo de Jesus. O não-crente entra na espiral pela parte mais externa azul e é conduzido até o centro em vermelho se tornado um discipulador de líderes de célula, passando por cada cor representando fases de desenvolvimento e níveis de compromisso com Deus.
Cada acampamento tem o seu tema e cada ano os grupos tem a sua camiseta estampada com os dizeres que queremos enfatizar naquele momento. Este ano o tema é “Mais Paixão, Dedicação e Conquista” nas cores verde, amarelo e azul (cada faixa etária tem a camisa de uma cor) aproveitando o clima da Copa do Mundo. São elementos que não criam a identidade, mas oferecem um reforço positivo para a promoção dela. Flyers, banners, bottons, cartazes e vídeos devem ser utilizados a seu favor. Não economize criatividade e envolva a sua turma na caminhada que Deus planejou.
Qual é a identidade do seu grupo?
5.      Relacionamentos Significativos
A comunhão é um dos propósitos básicos para a existência da igreja. A comunhão, como diz Doug Fields, é mais uma questão de entrosamento do que de entretenimento. Os relacionamentos entre os membros têm que ser significativos e profundos – não apenas amenidades superficiais de final de semana. Eles precisam estar conectados uns aos outros por laços firmes e sinceros. Os diferentes precisam ser aceitos, os rejeitados precisam ser acolhidos, os desesperados precisam encontrar esperança, os solitários têm que se sentir amados e integrados, os pecadores precisam encontrar a graça. Como a igreja é uma comunidade de amor, todos que a procurarem têm que encontrar esse amor sem maiores complicações. Se amarmos uns aos outros o mundo saberá que somos discípulos de Jesus.
As células têm sido uma ferramenta excepcional para desenvolver os laços de comunhão entre os jovens e adolescentes. Como os nossos grupos são dirigidos por gente da mesma faixa etária (jovens lideram jovens, adolescentes lideram adolescentes e pré-adolescentes lideram pré-adolescentes) a liberdade no compartilhar é muito grande, a intimidade é fácil e as novas amizades surgem constantemente. Eles se encontram nas casas, saem juntos, viajam juntos, passeiam juntos... E a cada dia são acrescentados os que crêem.
Os jovens no seu ministério desenvolvem relacionamentos significativos?
6.      Momento a sós com Deus
Enquanto não desenvolver um hábito de separar um tempo a sós com Deus, a fé do jovem fica muito dependente das programações da igreja e do ambiente cristão. Mas a maturidade vem quando ele aprende a buscar a Deus individualmente no lugar secreto. Ali aprende a extrair da Palavra de Deus a direção para a sua vida, a colocar seus pedidos diretamente nas mãos de Deus e a receber a resposta diretamente do alto. Uma das nossas ênfases ministeriais é no amadurecimento individual através desta disciplina espiritual. Esse tempo deve constar de pelo menos três partes:
a) Estudo da Palavra – Conhecer a Bíblia é essencial para amadurecer na fé. E isso tem que ser feito diariamente e individualmente. Cremos que tem que ser por escrito em um diário para concentrar as atenções, sintetizar o que está sendo lido e registrar o que Deus tem mostrado a cada dia. Ao final do mês eles podem rever como foi a sua caminhada com Deus. Para isso criamos um diário de momento a sós, um plano de leitura bíblica, um formulário de controle destes momentos e incentivamos essa prática continuamente do púlpito, nos grupo de discipulado (para os líderes de célula), nas células e na escola de treinamento. Nos acampamentos sempre temos o momento a sós na programação diária. É um dos pilares da vida com Deus!
b) Oração – falar com Deus é parte integrante deste momento tão precioso. São palavras de gratidão, confissão de pecado, pedidos pessoais e intercessão pelas células, liderança, igreja, cidade, amigos e parentes.
c) Louvor – é aproveitar a liberdade individual, a privacidade do lugar secreto e se soltar na presença de Deus, cantando (acompanhado de um instrumento ou CD), dançando, pulando e se prostrando diante do Rei Jesus.
Os seus jovens têm o costume de gastar tempo a sós com Deus?
7.      Estrutura Organizada
A estrutura do seu ministério precisa funcionar de forma contínua e confiável, gerando resultados significativos na direção de alcançar a visão estabelecida. A estrutura deve ser ao mesmo tempo robusta para resistir ao desgaste da rotina diária e flexível para facilmente se adaptar aos novos ventos do Espírito. Muitos líderes apenas tocam o ministério sem saber exatamente para que serve cada programa ou evento.
A estratégia proposta por Doug Fields em seu excepcional livro “Ministério com Propósitos para Líderes de Jovens” (Editora Vida) diz que toda e qualquer ação no ministério deve ser direcionada para atingir a um propósito específico, a um público específico, de uma forma específica e para gerar frutos específicos. Abaixo o improviso, o entretenimento e o sofrimento. Cada momento deve ser planejado intencionalmente. Esse livro é leitura obrigatória para qualquer líder de juventude que queira um ministério frutífero e saudável. Na nossa Rede estamos vivendo esse processo de nos reorganizarmos e eliminar essa correria desenfreada que gera muito trabalho (e retrabalho), muita canseira e pouco fruto.
A nossa igreja é uma igreja em células e por isso a estrutura da Rede da Juventude se baseia nesta estratégia. Atualmente trabalhamos da seguinte forma:
a) Células pequenos grupos com ênfase evangelística que se reúnem exclusivamente durante a semana (em dias úteis) nas casas. Elas não se reúnem na sede da igreja e nem nos finais de semana. Cada célula tem o seu líder e um LT (líder em treinamento) ambos da mesma faixa etária do grupo. As reuniões têm duração de no máximo 1 hora e meia (sem contar o lanche) com quebra-gelo, louvor, oração, estudo e desafios. Ao atingirem 12 a 15 membros regulares elas se multiplicam em duas ou mais novas células, cada uma com seu líder e LT. Elas podem se multiplicar em qualquer época, mas pelo menos uma vez por ano quando a igreja promove a Festa da Multiplicação. Cada célula se dedica à oração pelos jovens que quer alcançar e promove Eventos de Colheita (jantares, sessões de vídeos, churrascos, dia no clube, etc.) e Dia do Amigo (reuniões especiais da célula dirigida ao visitante).
b) GDs - são os grupos de discipulado, separados por sexo em que participam todos os líderes de célula. Eu e minha esposa, Simone, somos os Pastores da Rede da Juventude e cada um lidera um GD (um masculino com 9 discipuladores e um feminino com 6). Estes discipuladores (nível 1) são jovens da própria turma que se destacaram pelo testemunho, desenvolvimento e multiplicação de suas células. Além de liderarem suas próprias células, eles lideram GDs compostos de líderes de célula e/ou discipuladores (nível 2). Assim a estrutura cresce ilimitadamente, pois à medida que um líder multiplica a sua célula várias vezes ele forma o seu próprio GD com os novos líderes de célula que ele mesmo gerou, tornando-se ele mesmo um discipulador. Não dependemos de atrair adultos voluntários para cuidar de jovens para poder crescer. A própria estrutura se alimenta gerando os líderes de que precisa.
c) CCM - Aos sábados de 17:00 às 18:45 temos o nosso Centro de Capacitação Ministerial que é a escola de treinamento de líderes. Este é um dos alicerces do sistema da IBC, pois ali é que são preparados os novos líderes para as novas células. Temos as turmas de Primeiros Passos (para iniciantes – duração de 2 meses), Básico (fundamentos da fé - duração de 1 semestre), Treinamento (preparação de liderança para as células - duração de 2 semestres) e Avançado (Doutrina, Liderança e Missões – cada um com duração de 2 semestres). Ao terminar o primeiro semestre do treinamento o aluno está habilitado a liderar uma célula.
d) Celebração das Células - Às 19h30min temos os cultos com louvor e palavra alternando reuniões separadas por faixa etária e reuniões de toda a rede unida.
e) Oração estamos começando um tempo de oração todo sábado sob a coordenação de um par de discipuladores de cada vez.
f) Eventos especiaisestá em fase de planejamento um evento especial por mês para cada faixa etária simultaneamente no mesmo final de semana. Temos feitos shows evangelísticos, festivais de dança, dias de comunhão, acampamentos e retiros para líderes, viagens missionárias e intercâmbios interestaduais.
g) Encontro com Deusum retiro de final de semana na nossa sede campestre para não-crentes com palestras, dinâmicas de grupo e teatros, sempre com o objetivo de apresentar o evangelho de forma clara e criativa. A IBC tem levado 80 a 100 não-crentes a cada mês para este evento. A rede têm sido responsável por um destes encontros a cada semestre. Em outubro de 2005 fizemos dois simultâneos com mais de 170 jovens e adolescentes. É uma estratégia excelente com resultados incríveis.
À medida que o ministério cresce é necessário repensar toda a sua estrutura, estratégias e programas. É um processo de aperfeiçoamento contínuo.
O seu ministério é bem estruturado? É uma estrutura moderna, flexível e permite crescimento? Você trabalha com células ou pequenos grupos?
8.      Parceria com os Pais
Você já sentiu raiva dos pais que não cooperam e que só tornam as coisas mais difíceis? Já sonhou com um súbito desaparecimento de determinados pais e mães? Eu já! Mas descobri que não são sentimentos corretos que Deus aprove. Eles são frutos de uma visão errada daquilo que somos chamados a fazer. A responsabilidade pela criação e educação dos filhos é totalmente dos pais. O nosso papel é dar suporte a eles nesta tarefa tão árdua. Precisamos descobrir as suas necessidades e seus medos em relação aos filhos e procurar ajudá-los a serem vencedores neste grande desafio. Promova programas pais & filhos juntos, retiros e palestras só para pais e gaste tempo com eles. Descubra pais que já terminaram de criar seus filhos (e foram bem sucedidos) para ajudá-lo. Nunca se esqueça de que eles são os principais e nós apenas seus servos.
Os pais se sentem participantes do seu ministério?
9.      Crescimento Contínuo
Aquilo que não cresce definha e morre! Deus nos chama para crescer e multiplicar. Ele quer ver seu reino se ampliando e nos convoca para esta tarefa. Alguns anos atrás um amigo meu, pastor de adolescentes em SP, resumiu o meu ministério em uma palavra: manutenção! Éramos ótimos em cuidar de crentes, fortalecê-los e engordá-los. Mas não crescíamos em número, não alcançávamos os perdidos. Naquela hora fiquei irritado e incomodado, mas tive que concordar com ele. Hoje a situação não é mais assim. Estamos crescendo em quantidade e em qualidade como nunca antes (uma não pode andar sem a outra). A estratégia das células permite um crescimento constante nas duas características. A visão de ganhar almas é algo que nos move. Ver perdidos sendo achados, pecadores sendo levados ao arrependimento é algo que não tem preço.
No final de janeiro deste ano um jovem novo, completamente envolvido com noitadas, mulheres e bebida, me procurou após uma reunião de sábado à noite dizendo que precisava entregar a vida para Jesus. Começou ali uma caminhada linda de restauração de vida e hoje está firme, integrado e desafiado a andar de uma forma digna do chamado de Deus para ele. Está crescendo no conhecimento de Deus, integrado na igreja e já esta trazendo colegas para conhecerem a Jesus. Tudo graças à célula. Como esse caso, temos muitas outras histórias para contar. Não somos mais um ministério de manutenção – mas de preparação e envio de jovens e adolescentes cheios de Deus para transformar a nossa geração. Creio que o crescimento em número e no compromisso está intimamente ligado à saúde do ministério. Desta forma estaremos cooperando com a expansão do reino de Deus aqui na terra.
O seu grupo tem crescido nas duas dimensões?
10. Desenvolvimento de Liderança
Para mim, a marca mais evidente de saúde no ministério é a capacidade de gerar novos líderes. É trabalhar com um jovem ou adolescente completamente perdido (como o caso citado anteriormente) e alcançá-lo para Jesus, entrosá-lo no grupo, ensiná-lo para que cresça em uma fé individual, desafiá-lo a uma vida de adoração e intimidade com Deus e, finalmente, torná-lo um servo que investe seus dons e talentos para conduzir outros ao conhecimento de Deus. Isso é desenvolver líderes. Isso é transformar um jovem em um verdadeiro discípulo de Jesus – e assim cumprir a nossa missão.
Mais uma vez as células em suas multiplicações oferecem oportunidades “infinitas” para o surgimento de novos líderes. Em Junho de 2003 eram 18 células na Rede. Em 2004 eram 29. Em 2005 chegamos a 74. E agora em junho de 2006 esperamos algo em torno de 120 células! Para cada célula precisamos de um líder (é claro) e preparamos um novo líder em treinamento para a próxima multiplicação. É nisso que cremos e é isso que fomos chamados para fazer!
Você tem desenvolvido novos líderes para o seu grupo?
Conclusão
Após tantos questionamentos, precisamos (e eu me incluo nisso) parar e avaliar o nosso ministério, a nossa liderança e os frutos que temos colhido para Deus. Vejo com toda a clareza que vivemos um tempo especial de Deus entre nós. Não podemos permitir que nada atrapalhe o fluir do Espírito Santo na nossa vida, igreja e ministério. Vamos implantar o que está faltando, mudar o que está errado e desenvolver o que já está bem encaminhado! Apenas creia e você verá a glória de Deus enchendo a sua vida e a dos jovens e adolescentes que estão com você e os que não conhecem Jesus serão alcançados. Assim cumpriremos o propósito de Deus para a nossa geração! Vitória, em nome de Jesus!
* Roberto Bottrel, 41 anos, arquiteto e pastor da Igreja Batista Central de Belo Horizonte, é responsável pela Rede da Juventude. Casado há 18 anos com Simone, tem três filhos, Lucas, Felipe e Raquel. rbottrel@superig.com.br

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Repensando Seu Ministério de Adolescentes
repensandoAntigamente os adolescentes eram tratados como a igreja do futuro. Por este motivo eram como que “embriões” de crentes, preparando-se para o que viriam a ser. Motivadas por este pensamento, muitas igrejas sempre trataram seus adolescentes como garotos-problemas, que só gostam de agito, oba-oba e coisas do tipo, considerando-os insignificantes para o crescimento da igreja, afinal, seriam importantes somente no futuro.

Esta história está mudando. Com a modernidade veio o amadurecimento mais veloz. Os adolescentes de hoje não são mais como os de 10 anos atrás. Na escola descobrem coisas do “arco da velha”, pois tudo é tratado de forma direta, sem rodeios.

A TV e a internet são ferramentas que despejam todos os dias toneladas de informações que tornam o adolescente um “poço de conhecimento”... por estas e outras que não podemos persistir no pensamento de que o adolescente só poderá ser útil no futuro. A igreja necessita explorar o adolescente enquanto adolescente, entendendo suas limitações e utilizando suas habilidades em sua capacidade de “processar” mais informações em menos tempo.
O adolescente é útil para a igreja sim senhor. É útil agora mesmo. O que precisamos fazer é tratar de remodelar nossa forma de trabalho. Novos tempos, novos métodos. Já é hora de deixarmos de lado os velhos paradigmas e tratarmos de renovar nosso estoque de ferramentas de trabalho. Motivados por uma nova visão, precisamos enxergar mais longe... avistar o quanto podem ser bênçãos estes nossos adolescentes... que são verdadeiros “tanques”, que se adequadamente preparados, serão armas poderosas nas batalhas espirituais que eles mesmo terão que lutar dia a dia.
Nossa proposta aqui é apresentar-lhes conceitos básicos a respeito de seus adolescentes, oferecer-lhes estudos a respeito de como apoiá-los em sua vida cristã em aspectos que consideramos importantes e também auxiliar-lhes para o bom funcionamento de seu ministério.
Como iniciar uma União de Adolescentes em sua igreja
1. Se perguntar se está mesmo disposto a liderar este trabalho. Requererá muita dedicação e tempo livre;
2. Definir a missão de sua união. Qual a razão de ser deste ministério que está para surgir?
3. Reunir a turma de adolescentes da igreja em um encontro social (pode ser uma festa, um piquenique, um passeio) para estreitar os laços. Neste encontro deve ser discutido com eles a possibilidade de se formar o ministério;
4. Reunir com os pais dos adolescentes. Os pais precisam abraçar a idéia do ministério. Esta será oportunidade para você apresentar as propostas de trabalho e solicitar deles seu apoio;
5. Realizar a primeira reunião do ministério. Deverá ter cânticos – de preferência com variedade de instrumentos, um estudo interessante, talvez uma mini gincana... É importante que você apresente nesta reunião a proposta de funcionamento do ministério. Deverá ensiná-los a respeito de cada função da liderança e seus papéis;
6. Reúna com seus líderes. Definam objetivos específicos para atingirem a meta traçada. Alinhe as estratégias e especifique os responsáveis pela execução de cada uma delas;
7. Para o funcionamento do ministério, após a escolha dos líderes, você deverá estar apenas coordenando o trabalho. Cuidado para não ser o líder faz-tudo; deixe seus líderes adolescentes trabalharem. Eles precisam de orientação e apoio.
Dicas práticas para um bom funcionamento do ministério
a) Faça reuniões periódicas com seus líderes, para avaliação do andamento do ministério. Se necessário, refaça o planejamento;
b) Ouça a opinião dos adolescentes quando forem planejar os programas e atividades;
c) Tudo que planejar, execute. Não deixe os meninos com a sensação de que as coisas não estão funcionando;
d) Reúna com cada líder do ministério em separado, orientando-o em suas responsabilidades e auxiliando-o em suas necessidades;
e) Realize programas diversificados com seu ministério:
• Piqueniques;
• Tardes esportivas;
• Festas Temáticas (Festa do Azul, Caipira, de Casais etc);
• Noite de Louvor;
• Mutirões Missionários;
• Gincanas Bíblicas;
• Treinamentos (Testemunho Pessoal, Discipulado, Maturidade Cristã);
• Estudos Especiais (Namoro, Sexo, Drogas, Vida em Família etc);
f) Explore ao máximo as qualificações de seus adolescentes. Por exemplo: se um canta, utilize-o para cantar, se um prega, deixe-o exercitar isto nos encontros, se um desenha, convide-o para criar um jornalzinho para o ministério etc;
g) Faça do ministério um lugar onde os adolescentes gostem de se encontrar;
h) Se for possível, peça a um adolescente para criar uma home page na internet para a União – eles vão se sentir valorizados;
i) Esteja sempre atento às necessidades de seus adolescentes. Lembre-se de olhar individualmente para cada adô. Seja amigo e disponível.

Sugestão de Estrutura
Coordenadores e Conselheiros (líderes): coordenar e auxiliar no planejamento e execução da do ministério. Devem ser adultos que amem os adolescentes. De preferência casais casados. Os coordenadores devem auxiliar os adolescentes na condução dos ministérios que compõe o ministério de adolescentes.
Equipes:
1) Comunhão e integração: deve coordenar as atividades que proporcionam a comunhão, como também estar atento aos visitantes e novos adolescentes que estão chegando a igreja.
2) Instrução Bíblica: promover e planejar os programas e estudos semanais e regulares como também indicar, junto com os coordenadores, quem pregará nos cultos do ministério.
3) Oração: promover momentos de oração no ministério. Realizar vigílias de oração, jornadas de oração, amigos de oração. Dentro da realidade da igreja, criar estratégias de oração para os adolescentes.
4) Discipulado: treinar e promover cursos sobre noções básicas de discipulado, visando agrupar os adolescentes para este ministério.
5) Infra-Estrutura: dar suporte e apoio a todos os eventos e programações realizadas que necessitam de uma infra-estrutura para funcionar. Arrumar cadeiras, auxiliar na montagem de cenários, limpeza após as festas etc. Será uma equipe que é ‘pau pra toda a obra’!
6) Multimídia: ficará responsável por toda a multimídia dos eventos, operação do data-show, confecção dos slides etc.
7) Sonoplastia: cuidará do som dos eventos e programações.
8) Coreografia: adolescente gosta de coreografia, por isso crie uma equipe para desenvolver esse ministério. Eles podem se apresentar nos cultos dos adolescentes, programas missionários, eventos do ministério etc.
9) Teatro: ajude aos adolescentes a formar um grupo de teatro para o ministério. Da mesma forma que o grupo de coreografia, o grupo de teatro pode se apresentar nos cultos dos adolescentes, programas missionários, eventos do ministério etc.
10) Recreação: responsável pelas atividades sociais, de confraternização, intercâmbio, piqueniques, aniversários, pelo correio da amizade, surpresas.
11) Louvor e Adoração: responsável pelo louvor e adoração na união e em outras atividades programadas.
12) Missões e Evangelismo: promover e incentivar os adolescentes a terem uma visão missionária, amar missões, conhecer as necessidades dos povos e missionários.
13) Esportes: coordenar e incentivar a prática de esportes no ministério. Elaborar tardes de esportes, gincanas etc.
14) Comunicação: cuidar de toda a área de comunicação do ministério. Pode ser criado um jornalzinho mensal, página na internet, cuidar da comunidade do ministério no Orkut. Também será responsável pela divulgação dos eventos do ministério, criando cartazes, folders etc.
15) Tesouraria: incentivar a mordomia e recolher ofertas para manutenção do ministério e outros projetos.
O ideal é que um ou dois adolescentes fiquem responsáveis e liderem cada equipe. Mas deve-se envolver mais adolescentes nas equipes.
Não necessariamente o ministério precisa ter todas as equipes. Veja quais são as necessidades e se existem adolescentes preparados e dispostos para assumir a liderança das equipes.
Proporcione aos adolescentes a oportunidade de terem treinamentos nessas áreas em congressos.

Tentações na Liderança
1. Poder
Hoje, há líderes que para manterem poder, lançam mão dos seguintes meios: persuasão/manipulação. Criam sentimentos de culpa, vergonha ou ignorância, fazem ameaças, rebaixam ou ridicularizam, apelam.
2. Nosso ego
A verdadeira liderança surge quando alguém quer ver o trabalho realizado, sem se importar com quem vai receber os créditos.
O verdadeiro líder se considera parte da equipe. Não procura recompensa para o seu ego, mas se a recompensa vem, tem prazer em dividi-la com os outros.
Problemas no exercício da Liderança
1. Busca de apoio
Um verdadeiro líder, com a ajuda de Deus, equivale a uma grande maioria.
2. Os descrentes
O verdadeiro líder ajuda os incrédulos a se tornarem crentes.
3. Críticas
Perfeito, houve apenas um líder, e, mesmo assim, foi criticado.

Requisitos essenciais para o líder
O líder de adolescente deve ser uma pessoa responsável que esteja disposta a dar tudo de si, liberalmente, para conduzir os adolescentes à maturidade (Colossenses 1.29).
1. ELE DEVE SER COMPLETAMENTE SUBMISSO À VONTADE DE DEUS:
O líder deve buscar a vontade de Deus e aceitá-la, se quiser obter entendimento e poder para seu ministério (João 4.34).
Aqui estão alguns meios eficientes para se descobrir a vontade de Deus:
• Ele deve ser diligente no Estudo Bíblico (II Timóteo 2.15)
• Ele deve ter uma vida devocional cada vez mais profunda
(Tiago 5.16, João 15.7, Marcos 11.24, Mateus 5.7,8, 17.14-21, 21.21)
2. ELE DEVE TER UM CORAÇÃO ABERTO:
O líder deve ser franco e honesto com todos aqueles com quem trabalha. Isto implica em perfeita sinceridade para com Deus, e uma disposição de corrigir quaisquer pecados que haja em sua vida. O resultado disso é uma franqueza de alma que nos permite fitar os outros de frente, sem senso de culpa pelos nossos atos passados (Atos 24.16).
3. ELE DEVE TER UM COMPORTAMENTO CONSISTENTE EM CASA:
O líder deve manter diálogo com sua família, pois seu comportamento consistente está diretamente relacionado com seu sucesso como líder. Um bom relacionamento no lar nos torna interiormente mais sensíveis às pessoas que o Senhor coloca em contato conosco (I Timóteo 3.5).
4. SEUS IDEAIS DEVEM SER CENTRALIZADOS EM CRISTO:
A capacidade do líder de criar bons métodos de contato e atividades, e de realizar bons projetos no trabalho com os jovens está diretamente relacionada à sua dependência de Deus e seu desejo de agradar ao Senhor (I João 3.22). Se buscarmos a glória, o meio que Deus usa para nos repreender muitas vezes é o fracasso.
5. ELE DEVE SABER DELEGAR RESPONSABILIDADES A OUTROS:
O líder que desejar alcançar o maior número possível de adolescentes precisa buscar ajuda de outrem para dividir o trabalho de auxiliar a resolver os problemas dos adolescentes e as atividades da união (II Timóteo 2.2).

----------------------------------------------------------------------------------------------

Encarando a Realidade do Ministério com Jovens

“Você é corajoso e o Senhor está com você”.  Jz. 6.12b O objetivo deste workshop é ajudá-lo a enfrentar a dura, mas gratificante tarefa de viver a realidade cotidiana do ministério com jovens. Não tem a pretensão de ser um modelo ou uma “receita de bolo”, mas estabelecer alguns princípios, a partir de experiências bem sucedidas, que deverão ser utilizados e adaptados de acordo com a sua realidade.

Planejando Atividades para o Ministério
No Ministério Jovem há sempre duas formas de realizar o trabalho: desenvolver um projeto ou implementar uma ação.
Líderes reagem instantaneamente aos obstáculos e oportunidades inesperadas, tornando-se capazes de maximizar os benefícios de situações imprevistas.
Isto não significa que eles não devem fazer planos. A liderança visionária requer tanto uma visão abrangente das oportunidades como um planejamento em curto prazo, a fim de avançar ao próximo nível.
Os projetos, mesmo em longo prazo, têm a tendência de ser freqüentemente mais “revolucionários”. Ações sem projeto são bem mais arriscadas.
Duas perguntas: Você tem definido em sua mente o objetivo maior do seu ministério? Você sabe como dar o próximo passo?
Objetivos Básicos de um Ministério:
(Fonte: A Igreja Hoje Organizada a Partir dos Seus Objetivos)
Adoração é a ação na qual o povo de Deus ama, honra, respeita e aclama o seu Deus, tanto em público como em particular.
Ensino é o objetivo em que se visa nutrir o cristão; inclui todo o ciclo do ensinar e aprender.
Testemunho é a ação no sentido de levar aos que não crêem o amor que o Salvador Jesus Cristo teve e tem por todos.
Serviçoinclui as maneiras pelas quais o cristão e as igrejas respondem às necessidades das pessoas, a partir do amor de Cristo.
Comunhãoé a atividade em que os cristãos participam da vida em Deus e das vidas uns dos outros.
Planeje A Partir dos Objetivos ou Propósitos.
Planeje Pensando em Pessoas.
Programas são Necessários, mas não o Objetivo Final.
Planejamento Interno e Planejamento Externo.
Faça um Inventário.
Levantando Recursos Para o Ministério
Muitas vezes o planejamento é correto, mas não se viabiliza pela falta de recursos. O que fazer?
· Faça um orçamento que reflita a realidade das necessidades e das possibilidades
· Crie uma rede de colaboradores
· Seja Criativo
Enfrentando Problemas Internos e Externos
Dentro da realidade de um ministério com jovens, o que não irá faltar são problemas. Algumas posturas e atitudes são fundamentais para enfrentar estas situações.
Identifique o Problema esta etapa é fundamental, pois muitas vezes se gasta muito tempo e esforço por causa de informações não confirmadas, “disse me disse”, fofocas; atira-se para todos os lados enquanto o problema continua intacto. Os problemas via de regra não provêm de uma causa única, e compreender a variedade das causas é crucial ao lidar com eles.
Peça a Deus Discernimento discernir ou discernimento aparecem apenas quatro vezes no Novo Testamento. Três destes termos gregos estão ligados ao verbo que se traduz basicamente por peneirar, distinguir, selecionar ou separar (Heb 4.12). O crescimento espiritual saudável depende do exercício constante do discernimento.
Seja Ético Tiago 3:17 – fala-se muito em ética nestes dias, mas não a que se tem achado, porém a que se tem perdido. Muitos têm sido os moralistas sem moral; é preciso atentar para nossa humanidade, reconhecê-la, sem tentar dominá-la ou enfraquecê-la, deixando apenas que Cristo a domine. (II Tim 1.10).
Confronte sabendo do problema, antes de ser procurado, procure e confronte. A verdade deve sempre prevalecer. Jesus é o melhor exemplo disto: Mt 22.21 e João 8.7. Lembre-se que “Deus não é de confusão e sim de paz” (I Cor 14.33).
Aprenda a Tirar Lições Positivas do Conflito - os conflitos têm vantagens como: as questões são investigadas a fundo, tomam-se melhores decisões, as pessoas se comprometem mais com as decisões. Algumas atitudes podem facilitar isto: valorize a discordância, misture as equipes ou grupos, ponha pessoas novas em equipes de liderança, torne claras as regras de um conflito sadio (nada de críticas destrutivas, nada de ataques pessoais, nada de falar pelas costas).
Aprenda A Esperar o Inesperadoum líder não deve sentir-se surpreso ou enfraquecido por causa do surgimento de problemas, porque eles virão. Aqueles que não estão preparados para enfrentá-los, normalmente sentem-se tão aturdidos diante deles que muitas vezes chegam até mesmo a renunciar a suas posições de liderança. Este é um bom teste para saber se você tem o chamado para liderança: você sabe lidar com problemas inesperados? Muitos conseguem superar com sucesso os problemas identificáveis, porém, poucos são capazes de compreender e lidar eficazmente com problemas inesperados.
Evitando a Rotina
Muitas vezes o ministério jovem não atrai a juventude por não apresentar alternativas de programas e métodos. O encontro segue um script que todos já conhecem de cor e salteado. Para superar isto, algumas ações se fazem necessárias:
Busque o Ambiente Certo Para Cada Programa a igreja (estrutura) nem sempre é o melhor lugar para que as atividades aconteçam. O ambiente está diretamente ligado ao tipo de programa que será realizado.
Diversifique as Ênfases e Atividades Ministério Jovem não vive e sobrevive somente de estudos bíblicos. A juventude é uma fase dinâmica e multifacetada da vida. Ofereça alternativas de propostas de trabalho para sua juventude.
Invista no Discipulado o discipulado permite conhecer melhor as necessidades da juventude, propiciando a criação de projetos que venham a supri-las.
Se Necessário, Mude a Estrutura do Ministério a estrutura deve existir em função das pessoas e não as pessoas em função da estrutura.
Encarando Momentos de Transição
Toda mudança requer uma combinação de humildade, coragem e visão. Não se pode perder de vista que “quem ama seu sonho de ministério jovem mais do que as próprias pessoas que compõem este ministério o destrói”. O realismo sincero é a primeira base do êxito.
Sintomas Para a Necessidade de Mudançaqualquer ministério que recuse a adaptar-se a novas realidades estará condenado à estagnação. Alguém escreveu certa vez em um quadro: “O homem que se decide a parar, até que as coisas melhorem, verificará mais tarde que aquele que não parou e colaborou com o tempo está tão longe que jamais poderá ser alcançado”.
Entre o Sonho e o Desespero num processo de transição existem três tipos de postura:
· Idealismo um dos perigos de um bom projeto de inovação é o sonho de um utopismo evangélico, através de mudanças ideais.
· Pessimismoolhar com desdém todo o esforço por fomentar uma mudança significativa sobre a atual situação.
· Equilíbrio Bíblico a realidade funcional de uma mudança significativa em um ministério está a meio caminho entre o sonho ideal e o pessimismo paralisante; reconhecer e aceitar tal realidade funcional são condições básicas para levar adiante qualquer esforço de mudança.
As Virtudes e os Vícios da Tradição tradição é o processo mediante o qual as verdades religiosas normativas são transmitidas de uma geração para outra. Tem suas virtudes e os seus vícios. No NT a palavra paradosis significa: “tradição; ensino etc. transmitido de uma geração a outra”.
Virtudes os apóstolos seguiam o estilo didático do dia (incluindo o dos rabinos), transmitindo e explicando a tradição evangélica que tinham recebido do Senhor (I Cor 11.2; II Tes 2.15; 3.6).
Vícios Cristo repudiava as tradições humanas (Mt 15.3; Mc 7.9, 13).
Alguns víciossaudosismo exagerado; a personalidade mais importante é um líder, ou um grupo de líderes; os cargos e títulos são mais importantes que a função; ênfase acentuada sobre os costumes e a tradição; prioridade na formação nem sempre acompanhada de formação.
“Ondas Eclesiásticas” algumas características:
· É quase sempre cópia de um modelo de ministério que está fazendo sucesso na atualidade.
· Surge rápida como um tufão.
· Quase sempre vem acompanhada de manipulação emocional ou intelectual.
· Geralmente envolve partes específicas do grupo.
· Enfatiza apenas algumas áreas do ministério.
Diálogo: Transição Sem Transtorno – Como funciona?
Não é uma conversa, mas também não é uma discussão ou um debate.
Não deve haver preocupação em atacar ou defender. A pretensão não deve ser convencer, mas se fazer entender. Não deve-se ter medo de perder e deve-se aprender a escutar. Diálogos nunca terminam. Enquanto houver ministério, deve haver diálogo.
Inimigos da Transição – Quem são?
Desejo de obter segurança sem a aventura no deserto não há a alegria da liberdade. Não há avanço, não há progresso (Ex 14.12).
Falta de coragem para renunciar mudar quer dizer abandonar alguma atitude que havíamos seguido durante anos.
A exagerada institucionalização o ministério torna-se mais importante do que as pessoas. Qualquer projeto de transição que não considere as pessoas está fadado ao fracasso.
Aspectos Fundamentais do Processo de Transição
· Ser baseado na Palavra de Deus.
· Ser baseado em necessidades comprovadas.
· Acontecer como resultado de uma percepção concreta, não devido às pressões de modismos.
· Caminhar sem romper com suas raízes.
· Respeitar a história do ministério.
· Permitir o diálogo contínuo.
· Começar pequeno e caminhar gradativamente, sem pressa ou radicalismo.
Formando Novos Líderes
Líderes sábios fazem planos desde o princípio de sua atuação, objetivando o momento em que não mais estarão à frente de seus liderados. Jesus treinou e preparou os mais bem-sucedidos líderes de equipe de todos os tempos. Suas realizações, após a partida dEle, atestam que a liderança pode e deve ser passada adiante, mediante um adequado investimento no planejamento da sucessão. Como?
· Reconhecendo a Necessidade
· Orando e Pedindo os Líderes Certos
· Fazendo o Discipulado Pessoal
· Propondo o Desafio
· Escolhendo os Mais Indicados
· Confirmando o Comprometimento
· Definindo Funções e Responsabilidades
· Convivendo com os Sucessores
· Ensinando a Exercer a Liderança
· Atribuindo Autoridade
·
Trabalhando Com Um Grupo Heterogêneo
Cada jovem é diferente de todos os outros e funciona de maneira distinta usando seus dons espirituais para suprir as diferentes necessidades. Como trabalhar com esta situação?
A Diversidade é Difícila nossa tendência é colocar todo mundo nos mesmos moldes, em vez de aceitar cada um como Deus o fez.
Entendendo a Dinâmica da Diversidadea diversidade traz uma dinâmica ao ministério, oferecendo um grande potencial para que cada um de modo diferente possa alcançar tipos diferentes de pessoas para Cristo.
Transformando Diversidade em Unidadeà medida que cada jovem estiver envolvido e usando seus dons no ministério, as necessidades individuais e coletivas serão supridas. O líder deve organizar, alistar e capacitar a totalidade do grupo para participar.

Conclusão
O mais importante em todas estas etapas é a convicção de que Deus o colocou neste tempo, neste lugar, para esta obra. Por isso, seja “forte e corajoso pois o Senhor estará com você por quer que você ande”.
Pr. Marcelo Oliveira Santos
Igreja Batista da Graça SP


-----------------------------------------------------------------------------------------
Os dez mandamentos da juventude
Por Ulises Oyarzún
1. Se você é jovem, ame mais as pessoas que as coisas.
2. Se você é jovem, cultive seu caráter mais que sua aparência, pois a segunda é passageira, visto que a primeira marcará sua eternidade.
3. Se você é jovem, aprenda a perdoar, para que tenhas a segurança de que Deus fará o mesmo por você.
4. Se você é jovem, não brinque com o sexo na intenção de encontrar amor. Não transforme esse presente de Deus em simples genitalismo.
5. Se você é jovem, morra por seus ideais, não renuncie a seus princípios, mantenha uma disciplina e ela te sustentará num dia mal.
6. Se você é jovem, não corras para chegar primeiro, mas para ir mais longe.
7. Se você é jovem, viva com o coração no céu e seus pés na terra, sobretudo no meio daqueles que sofrem.
8. Se você é jovem, que seu projeto de vida esteja centrado em ajudar os outros, mais do que ajudar a si mesmo.
9. Se você é jovem e fica irritado, que seja para defender aqueles que não conseguem se defender.
10. Se você é jovem, viva sabendo para que vive. Que a morte não te surpreenda vivendo uma vida sem vida.
Ulises Oyarzún é pastor de juventude da PIB de Concepción, Chile e blogueiro http://ulisesoyarzun.blogspot.com/

------------------------------------------------------------------------------
O que é liderança?
Muito tem se falado sobre o tema liderança, tanto em empresas quanto em igrejas. Penso que nas empresas a preocupação com relação ao tema se deve principalmente ao fato de que a produtividade, elemento essencial no gerenciamento pós-moderno, está sendo buscada como nunca.
Já nas igrejas penso que a motivação dessa preocupação com esse tema seja que alguns estão caindo na real de que muito se faz (ativismo), mas pouco se alcança (propósito). Por um bom tempo a Igreja cristã manteve-se focada na manutenção das atividades, e esqueceu que pessoas estavam envolvidas nessas atividades, e que outras pessoas precisavam ser alcançadas para além dos tijolos.
A resposta à pergunta: “o que é liderança” não é simples. Em uma sociedade pragmática como a nossa, onde pouco se busca conceitos e fundamentos, parte-se em busca de fórmulas do tipo “o que fazer para ser um líder?”, “como fazer para o bom desempenho da liderança?”... x+y = sucesso na liderança.
Não tenho a pretensão de desenvolver raciocínios pragmáticos neste texto. Por isso exponho aqui princípios que, para mim, são fundamentais. Fundamentais porque são bíblicos, e se sou cristão penso que são suficientes para direcionar um líder. No exercício da liderança, em várias oportunidades, em diferentes ambientes, com pessoas também muito diferentes, entendi que não dava para liderar sem ter princípio, base. Há duas maneiras de se aprender a liderar, a primeira é quebrando a cabeça sozinho, o que já fiz muito e aprendi pouco, e a outra é ouvindo o que me ensinavam a partir da Bíblia, o que me ensinou muito mais... muito mesmo.
O pensamento que temos acerca da liderança é que acaba determinando nossas ações como líder, por isso é importante refletir sobre o que pensamos a esse respeito. Ação sem fundamento é mero ativismo, e fundamento sem ação é puro devaneio.
James Hunter, em seu livro “Liderança Servidora”, escreve a respeito da dificuldade das pessoas em tornar práticos os conceitos que ouvem. Esse é o primeiro desafio para um líder que quer melhorar sua liderança. Não basta ouvir palestras, ler livros e apostilas, e pensar que dessa maneira sua ação será diferente. Descobri que é preciso ir além, para haver renovação de atitudes, é preciso haver mudança de mente (metanóia). Se você encontra certa dificuldade para liderar, percebe que não está chegando a lugar algum com sua equipe e não tem boas respostas de seus liderados, não basta ter boa vontade em buscar princípios, é preciso aplicá-los em seu dia a dia. Óbvio? Sim, é óbvio, porém de difícil execução. O desafio é que você avalie cada um de seus princípios, e a partir disso, procure dar passos práticos. É como decidir fazer um regime. Não basta dizer: “segunda-feira eu começo”. É preciso entender o porque você fará o regime, mudar seus conceitos com relação a alimentação – o que significa mudança de mente – e então deixar que os novos conceitos norteiem seus sentimentos e ações. E vale lembrar que, às vezes, apenas a força de vontade não adianta, você precisa da ajuda de alguém.
De maneira geral, ainda penso que liderança significa conduzir pessoas de forma a alcançar objetivos. Simples? Não. Isso porque, liderar é diferente de gerenciar. Gerenciar é checar se as tarefas estão sendo executadas, liderar é checar se as pessoas estão caminhando para o objetivo correto, e nesse caminho as tarefas são parte do processo. Muda o foco, das tarefas, para as pessoas. Isso é básico. Normalmente os bons gerentes são centralizadores e autoritários. Enquanto que os bons líderes são descentralizadores e habilidosos em arrebanhar.
Saindo do foco geral, abordarei alguns tipos de liderança que são praticados, baseando-me nos tipos de organizações apresentadas por Max Weber (1987):
Liderança Patriarcal - Liderança baseada na tradição. A legitimação desse tipo de líder acontece pelos hábitos, tradições, costumes. O líder patriarcal (ou tradicional) herda de família, a função lhe é delegada. Então esse líder lidera porque chegou primeiro, ou porque é o pai, ou porque é o ancião. Normalmente esse tipo de líder é bem punitivo, pouco aberto a sugestões, sua palavra é a única, porque ele é quem sabe tudo. Esse tipo de líder manda, ao invés de delegar. Quer que suas ordens sejam cumpridas.
Liderança Carismática liderança baseada no carisma. A legitimação desse tipo de liderança acontece pelo fato desse líder ter características pessoais evidentes, e que encantam as pessoas. Ele é simpático, tem boa fama, é popular, é persuasivo. Ele lidera porque conquista as pessoas. O problema é que ninguém é perfeito, e quando esse líder morre ou erra moralmente, desestrutura toda a equipe, não existe continuidade no processo. Normalmente esse líder se importa muito em fazer a vontade das pessoas, em não desagradar os liderados.
Liderança racionalliderança baseada no conhecimento. É legitimada por regras, leis e normas. Uma característica é a burocracia. Esse tipo de liderança é exercido por pessoas que têm um curso superior, uma especialização, ou seja, porque ela tem um título, a liderança acontece. Às vezes um Dr. ou um Ms. ou qualquer outro título, é usado para que os subordinados rendam-se às ordens. Um curso superior, um doutorado ou um mestrado não torna ninguém um semi-deus, ou detentor de todo o conhecimento da galáxia.
Expus esses três tipos de liderança, no entanto, acredito que, para o cristianismo, nenhum deles seja realmente ideal para conduzir pessoas em direção aos objetivos.
Acredito em um quarto tipo de liderança, a liderança espiritual, da qual Weber não faz menção talvez por desconhecer ou por não servir aos objetivos de sua obra. Esse tipo de liderança não é legitimado pela tradição, pelo carisma ou pela razão. É a liderança que é capacitada e legitimada pelo próprio Deus. Podemos ser tentados a nos basearmos em um dos três tipos anteriores de liderança, porque podem ser mais fáceis de serem legitimados, no entanto encerram-se na mediocridade e na capacidade do ser humano. E até onde o ser humano pode ir sozinho? A lugar algum. Todos os outros tipos de liderança podem ser encarados como habilidades, a liderança espiritual não, é algo que Deus atribui.
A liderança espiritual é aquela que a Bíblia traz em vários exemplos. Pensemos em Abraão, chamado a ser o pai de uma grande nação, cheio de defeitos (pecados), mas que no fim das contas, por sua submissão a Deus, se tornou líder. Moisés tinha a missão de tirar pessoas da escravidão e levá-las até à terra prometida. Ele não tinha facilidade para falar, tinha assassinado uma pessoa, no entanto se rendeu ao mandado de Deus, obedeceu e liderou. E Outros tantos como Neemias, Davi, Pedro, Paulo... que não tinham vidas perfeitas, qualidades suficientes, cursos superiores, carisma, etc, mas que simplesmente se dispuseram a cumprir o chamado de Deus para determinada missão, sempre com o foco de conduzir pessoas a atingir objetivos planejados por Deus.
Este tipo de liderança não é aprendido em cursos on-line, palestras, congressos, conferências, vídeos, livros, apesar de serem recursos para aprimoramento do que já está em uso. Também não é um tipo de liderança que conquistada em uma assembléia administrativa, através de uma indicação. Deus seleciona, mostra o objetivo, revela a visão, dá a direção, prepara e vai acompanhando o desenvolvimento. O processo é muitas vezes desconfortável, a exemplo dos quatro patriarcas de Gênesis (Abraão, Isaque, Jacó e José), mas com certeza Deus escolhe usar pessoas que se dispõem. Deus é soberano em suas escolhas.
É interessante perceber que esse tipo de liderança tem tudo a ver com o exemplo de Jesus, o exemplo de servo. Já parou para pensar como está impregnado em nossa cultura o fato de que se fomos chamados para ser líderes, precisamos virar carrascos que MANDAM? No entanto o próprio Jesus deu exemplo, deixando escrito que ele veio cumprir sua missão de líder, servindo, não sendo servido. O conceito Liderança Servidora, apresentado por James Hunter, nada mais é do que a redescoberta do exemplo de Jesus (algo que não é recente) detalhado na Bíblia, que apresenta as maiores e melhores estratégias de liderança, administração e marketing, através do maior exemplo de líder do mundo.
Bem, acho complicado alguém ser um líder servidor, segundo o exemplo de Jesus, se não tiver um relacionamento com Ele, e se não for um discípulo autêntico desse Mestre. Mesmo que muitos executivos hoje busquem viver a liderança servidora, é difícil viver o serviço, se o estilo de vida não é aquele moldado ao caráter de Cristo. No fim das contas o lucro, os resultados, o salário, o cargo, falarão mais alto. E o último degrau da liderança, ao contrário do que muitos pensam, não é o mais alto, mas o mais baixo. A própria Bíblia diz: "Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas, vocês não serão assim. Pelo contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem e aquele que governa como o que serve.” Lc 22:25-26
Você quer que sua equipe sirva? Quer que eles atendam de forma satisfatória aos seus liderados? Quer que eles executem as tarefas da melhor maneira possível? É preciso começar em você. Você deve servi-los primeiro. Enquanto o mundo pós-moderno prega que você tem que preocupar-se consigo mesmo, deve voltar-se para dentro de si mesmo, deve importar-se com as suas coisas primeiro, deve resolver seus problemas primeiro, a Bíblia instrui a servir, a considerar o outro primeiro, a se importar com o outro. O que confirma o pensamento de Warren Bennis: liderança é caráter em ação. Alguns aspectos devem ser considerados na liderança. São eles:
Liderança é saber aonde se quer chegar
Para saber aonde se quer chegar, é importante saber aonde Deus quer que você chegue. Visão sem Deus é visão míope, desfocada. Visão com Deus é visão certeira, ampla, além das montanhas, visão de águia. Você pode escolher entre olhar com seus olhos ou olhar com os olhos de Deus. A perspectiva do segundo olhar é outra. Saber o que Deus quer fazer através de sua vida economiza esforços e dor de cabeça. Você não precisará ficar testando vários rumos, várias direções. É um foco só e pronto. Muitas pessoas começam em um ministério (serviço, numa missão) e o que fazem é inventar um monte de tarefas para ocupar as pessoas envolvidas, ao invés de consultar a Deus primeiro. Paulo disse à igreja de Corinto sobre a importância de se ter um alvo: “(...) não corro como quem corre sem alvo e não luto como quem esmurra o ar.” 1 Co 9:26. Você tem dúvidas de que Paulo tinha certeza de seu alvo? Com certeza tudo o que ele fez, inclusive o seu sofrimento, foi importante para chegar a visão almejada, ele sabia aonde queria chegar. Quer um sábio conselho? “Olhe sempre para a frente, mantenha o olhar fixo no que está adiante de você. Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros.” Pv. 4.25-26
Quiz 1: Sobre a sua visão (MARQUE UMA DAS OPÇÕES)
a. Tenho clareza do alvo que Deus quer que eu atinja.
b. Não enxergo um palmo à frente do meu nariz.
Liderança é Comunicar a visão
De posse da visão que Deus lhe deu, você deve compartilhá-la. Ninguém vai querer acompanhá-lo se você estiver confuso sobre seu alvo, ou se não compartilhar sua visão com estas pessoas. Sabe porque muitas vezes as pessoas não compram nossas idéias? Porque por muitas vezes esquecemos de comunicá-las. Não queira que as pessoas adivinhem seus pensamentos, compartilhe.
Em 1 Cr. 28, Davi compartilha uma visão em Jerusalém, com todos os líderes de Israel. Deus deu uma visão a Davi a respeito da construção do Templo, e ele queria se envolver nisso, mas Deus disse que essa missão ficaria a cargo de seu filho Salomão. Primeiro Davi deixou claro que a visão vinha de Deus (v. 1-3). Em segundo lugar informou a Salomão sobre sua função, que seria a de conduzir a construção do templo (v. 6,7). Em terceiro lugar disse ao povo que tal tarefa, tão grande, seria concluída porque Deus capacitaria Salomão para isso (v. 6). Em quarto lugar Davi expôs detalhes a Salomão sobre o templo, para que ele visualizasse o edifício concluído (v. 11-19). E finalmente ele, após descrever a visão, encorajou novamente o filho.
Contagiar liderados com sua visão é uma das tarefas mais significativas de um líder, e é um aspecto fundamental para o sucesso em uma missão. Se você morre por uma visão, que Deus lhe deu, não duvide, pessoas se juntarão a você. Agora não espere que pessoas morram por uma visão para a qual você não dá a mínima importância. E a importância das coisas pode ser medida pelo tempo em que estamos dispostos a investir nelas (Rick Warren).
Quiz 2: Sobre a sua comunicação de visão
a. Todos os meus liderados sabem para onde estamos indo.
b. É um grande segredo a visão do meu ministério, não compartilho com ninguém, nem comigo mesmo.
Liderança é Planejar
Muitos líderes contam com o acaso para liderar. Já viu aquele líder que na última hora de um evento, começa a disparar tarefas para os seus liderados? Desorganização, despreparo e falta de planejamento também são pecado. Dawson Trotman, citado por Rick Warren em seu livro “Uma Vida com Propósitos”, diz que “Os pensamentos se desembaraçam quando passam pelos nossos dedos”. Fazer um cronograma e um check list são coisas essenciais para qualquer líder. Primeiro porque você não conseguirá lembrar de tudo o que precisa ser feito, e segundo porque fica mais fácil dividir coisas por ordem de importância e prioridades. Não dá para fazer tudo ao mesmo tempo, pelo menos um ser humano normal não consegue, então fica mais fácil quando as tarefas a serem executadas são divididas em determinado período de tempo. O planejamento de Deus é grandioso, é claro, e vai além do nosso entendimento. Ele tem um plano para cada coisa, desde a criação, até a salvação, ele planejou tudo. Isto fica claro quando Marcos relata no primeiro capítulo de seu livro, a profecia de Isaías sobre João Batista, algo que se cumpria naquele momento, que já estava no planejamento estratégico de Deus há muito tempo.
Quiz 3: Sobre o seu planejamento
a. Eu prefiro deixar para a última hora, é mais emocionante. Acho que esse negócio de planejar tira um pouco da espontaneidade das coisas. O improviso é mais legal.
b. Encaro as tarefas a serem realizadas como grandes responsabilidades, que devem ser executadas com muita seriedade. Deus planejou o mundo, planejou o ser humano, planejou a vinda de Cristo ao mundo, por isso eu devo seguir o seu exemplo.
Liderança é Conduzir as pessoas
Conduzir é importante, forçar é uma ignorância. Cada pessoa tem a opção de seguir ou não você. James Hunter, em seu livro “O monge e o executivo” traz a diferença entre poder e autoridade. Poder “é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa não preferisse o fazer”. Já a autoridade é “a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal”. É muito melhor optar por utilizar autoridade, ao invés do poder. Melhor ainda é ter autoridade espiritual, que é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que Deus quer, por causa da direção de Deus, através da vida do líder. Não somente é importante que as pessoas cheguem até o alvo, mas importa também como as pessoas chegam até ao alvo. Neemias dá um grande exemplo de serviço, e de liderança. Na reconstrução do muro em Jerusalém, cidade destruída pelos inimigos, Neemias diz: Eu mesmo me dediquei ao trabalho neste muro (Neemias 5.16). E a resposta de seus liderados vem cinqüenta e dois dias depois, com a conclusão da reconstrução do muro, deixando os inimigos de Jerusalém atemorizados.
Outra marca de condução de pessoas é deixada por Jesus quando ele chama seus discípulos e diz: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens” (Marcos 1.17). E o que aconteceu? Eles imediatamente deixaram suas redes e o seguiram. Não precisou de ameaças, não precisou de promessas de grandes milagres, retorno financeiro, etc. Ele não só os chamou como disse o porquê, e também que estaria por perto para ajudá-los na tarefa, “eu os farei”.
Um grande engano cometido por alguns líderes é pensar que podem mandar os liderados irem na frente, enquanto eles mesmos ficam atrás gritando, empurrando, ameaçando, implorando para que seus liderados sigam para o alvo. Isso é medo de assumir a responsabilidade de mostrar a direção. Não espere que as pessoas façam aquilo que é responsabilidade sua fazer: mostre o caminho, vá à frente.
Quiz 4: Sobre a sua condução
a. Eu conduzo as pessoas em direção ao alvo, com paciência, porque algumas pessoas têm mais dificuldades que as outras.
b. Prefiro empurrar as pessoas. Tem gente lerda que empurrar não é o suficiente, é preciso sair arrastando.
Liderança é Delegar e monitorar
Delegar é a arte de distribuir as tarefas, as quais você não dará conta de fazer sozinho. Muitos líderes não conseguem delegar, porque confiam muito em si, e pouco no outro. Isso é vaidade, achar que se não for do seu jeito, não será feito ou bem feito. Abra mão da sua vaidade e soberba e aprenda a confiar em pessoas, defeituosas como você, às vezes com mais dificuldades, mas que poderão ser ensinadas através do seu exemplo. Acredite, você será surpreendido se resolver confiar nas pessoas.
É engano pensar que só delegar é o suficiente, é preciso monitorar. Jogar as tarefas nas mãos das pessoas é desleixo, você precisa se interessar pelo que o outro está fazendo e monitorar o desenvolvimento. Não simplesmente para checar se o que você pediu para fazer foi feito, mas para checar se há dificuldades por parte do liderado na execução, se ele não perdeu a visão, e principalmente para aproveitar as dificuldades para o ensino.
Paulo deu instruções a Timóteo, que estava em Éfeso, e em suas duas cartas dá pistas de que Timóteo deveria dar atenção a determinados ensinos, conselhos e recomendações que não estavam sendo realizadas de maneira efetiva. Paulo enxergou determinados problemas e orientou Timóteo a resolvê-los. Porque Paulo estava longe, ele poderia muito bem ter deixado Timóteo se virar, e mesmo tendo conhecimento dos problemas, poderia ter ignorado. Mas ele, como líder daquele jovem pastor, não foi negligente.
Quiz 5: Sobre a sua delegação
a. Eu delego e monitoro. Divido as tarefas e depois passo conferindo se as pessoas precisam de ajuda, se está dando tudo certo, etc.
b. Eu faço tudo sozinho, todos são incompetentes, só eu sei fazer as coisas. É preferível fazer, do que deixar de ser feito.
c. Eu delego, mas depois eu esqueço de monitorar. O importante é dividir as tarefas, se alguém deixar de fazer não tem problema.
Liderança é Multiplicar e mentorear
O fruto de uma liderança não é uma tarefa concluída, e sim um novo líder em ação. É necessário identificar e formar novos líderes. Não adianta você subir uma pessoa de cargo, ela precisa ser mentoreada, discipulada. E novamente digo, liderança espiritual será identificada em pessoas que possuem relacionamento com Deus. Deus apontará o dedo, e você precisa estar atento para identificar. É preciso haver prestação de contas, ensino, discipulado. Você não pode jogar a pessoa na terra da liderança como se fosse uma semente, e ficar de braços cruzados esperando que ela cresça e dê frutos.
Paulo percebeu em Timóteo alguém que mesmo sendo tão jovem, poderia ser um líder. Paulo não só identificou um líder, mas o acompanhou em seu desenvolvimento, e o orientou no papel de liderança, como seu mentor.
Quiz 6: Sobre a sua multiplicação e mentoreamento
a. Eu multipliquei, mas é difícil mentorear... Deixo a pessoa se virar para que ela possa melhorar a liderança dela.
b. Eu multipliquei e acompanho os novos líderes, investindo tempo, interessando-me pelas dificuldades deles, mostrando o caminho, exortando, aproveitando os problemas para ensinar.
c. O que me importa é fazer minha parte, o resto que se lixe.
Liderança é Permanecer
Muitos preocupam-se com seu trabalho (egoísmo) e querem logo chegar ao fim, seja o fim na próxima eleição de líderes, sejam as férias de final de ano. Acontece que o funcionamento de um ministério não pode ser determinado por eleições, comissões de indicações, férias de igreja, etc. Já pensou se Jesus esperasse por uma votação dos anjos pra decidir sua vinda ao mundo, e se quando o ano acabasse ele pedisse para sair do ministério porque estava cansado, precisava dar um tempo? Ele não teria morrido na cruz. Você conhece algum líder em toda a Bíblia que foi votado para cumprir uma missão que Deus deu? Você conhece algum que parou no meio da caminhada e disse, agora chega, coloca outro no meu lugar? Não, pelo menos na Bíblia não tem nenhum. Você já parou para pensar que um grande problema num governo, numa igreja, ou numa empresa, pode ser a descontinuidade de liderança? Por exemplo, o que acontece com uma igreja que vive mudando de pastores? Essa igreja com certeza é meio esquizofrênica, e seus membros estão confusos a respeito de para onde eles devem ir. Um pastor entra e puxa o povo para a esquerda, depois entra o segundo, e vai para a direita, depois entra o terceiro e vai para trás.... onde vai parar esta igreja? Em lugar algum. Vai causar uma tonteira em todo mundo, e até pode dar a impressão de que estão indo a algum lugar, no entanto estarão dando voltas sem fim em torno de seus próprios umbigos. Se você foi convocado por pessoas a estar a frente de algum ministério, talvez não esteja certo de que isso é o que realmente deva fazer. Quando estamos num lugar que não gostaríamos de estar, mas que fomos levados a força para lá, nos cansamos com facilidade, a fadiga e o desconforto logo vem. Dá vontade de jogar tudo pro alto. Não caia no engano de que tudo que vier a mão é pra fazer, porque senão Deus estaria condenando todos os cristãos a um ativismo desenfreado.
Quando somos chamados por Deus para exercer alguma função, nos sentimos plenos, e não é qualquer coisa que nos abala. Se foi Deus quem o chamou, a missão não vai acontecer do dia para a noite, ela vai ter começo, meio e fim, e talvez o fim seja somente quando você for levado para o céu, mas daí Deus preparará outra pessoa para continuar o que você começou, com a sua participação é claro.
Não brinque com a expectativa das pessoas, isso machuca bastante o coração. Talvez você pense, vou liderar este ministério porque não tem ninguém para fazê-lo. Engana-se ao pensar que ajudará, vai mesmo é atrapalhar, e muito. Atenção, os planos perfeitos são de Deus, não tem como você dar jeitinho, o negócio é entender a sua parte dentro desse plano enorme, e cumprir. Pessoas certas, nos lugares certos, pelas motivações certas. Não adianta querer tapar buraco que não é seu, pois não irá contribuir com nada. Siga o exemplo de Jesus, ao ponto de falar o que ele falou: “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer.” (Jo 17.4). Paulo seguiu esse exemplo e disse: “Não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus.” (At 20.24).
Quiz 7: Sobre a sua permanência
a. Eu tenho muita alegria no meu coração em ser usado por Deus no ministério que estou, e quero sair daqui somente quando Deus quiser me tirar.
b. Prefiro mudar de ministério todo ano, daí a gente se diverte mais, e não estressa. Deus me livre de ficar o resto da vida num ministério só.. quero alcançar ministérios mais importantes.
Liderança é Servir com excelência
Considero excelência como o alvo das ações de uma equipe, na execução de determinada atividade. Excelência é diferente de perfeccionismo. O excelente é o ponto mais alto de qualidade que se possa chegar no desempenho de alguma função, o perfeito é impossível de ser alcançado. O excelente é o desafiador, o perfeito é utópico. O excelente é alvo possível de ser alcançado, o perfeito é massacrante.
E como um serviço deve ser executado? Deve ser realizado como se fosse para Deus. E Deus não aceita rebarba, “está bom desse jeito”, “mais ou menos”, “de qualquer jeito” e muito menos o “de última hora”. Tem que ser o excelente. Não o perfeito, o excelente.
Quiz 8: Sobre a sua excelência
a. Procuro fazer o melhor sempre, pois Deus é adorado com minha aplicação.
b. Somente quando dá eu faço o melhor, mas como não tenho muito tempo, faço as coisas dentro do tempo que tenho, que é muito pouco, tenho muitas atividades e Deus sabe disso. Prefiro fazer um monte de coisas ao mesmo tempo, do que abrir mão de algumas para gastar mais tempo com prioridades.
Liderança é Avaliar
É importante auto-avaliar-se sempre. O que Deus está achando do seu ministério? O que Deus está achando de sua liderança? Não engane-se, é preciso ver o que está errado, para consertar. Se você tem o Espírito Santo guiando sua vida, com certeza ele irá direcioná-lo nestas mudanças. Antes de seu crescimento como líder, vem o seu crescimento como cristão. Não espere que sua liderança vá bem se você não se relaciona bem com Deus, diariamente, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Peça a ele que sonde o seu coração.
Se você não compartilha com Deus suas dificuldades, suas vitórias e não houve sua voz, através da Bíblia, não espere que as coisas dêem certo, porque não darão.
Outro aspecto muito importante e muito valioso é ter pessoas que o auxiliem nesta auto-avaliação. Pessoas sábias, que sejam mais maduras que você. Jetro fez isso por Moisés, aconselhando a Moisés sobre como poderia otimizar os processos em sua liderança, o que foi bem aceito por Moisés (Êxodo 18). Deus usa outras pessoas que têm relacionamento com Ele para enxergar coisas que talvez você não esteja enxergando.
Como disse no início deste, só boa vontade não é o suficiente, você precisa da ajuda de alguém, e esse alguém é Deus – perfeito especialista para assuntos sobre liderança.
Quiz 9: Sobre a sua avaliação
a. Eu faço constantemente, porque dependo da aprovação de Deus e direção Dele para minhas ações.
b. Acho que é uma coisa irrelevante. Eu faço tudo sob a aprovação das pessoas, se elas estiverem gostando, ta ótimo, afinal de contas eu sou um bom líder.
Ser chamado por Deus a liderar não é uma tarefa fácil, dá frio na barriga, é muita responsabilidade. E isso é muito positivo, porque desta forma você não confiará em si mesmo, mas em Deus. Sinta o prazer de conduzir pessoas para os alvos de Deus, vale a pena.
Sugestões de leitura
DVD The Global Leadership Summit 2006 – Willow Creek Association
Liderança Corajosa, Bill Hybels – Editora Vida
Livro de Neemias – Bíblia
O Último Degrau da Liderança - C. Gene Wilkes – Editora Mundo Cristão
Um Ministério com Propósitos - para líderes de Jovens, Doug Fields – Editora Vida
Uma Igreja com Propósitos, Rick Warren – Editora Vida
Uma Vida com Propósitos, Rick Warren – Editora Vida
Sugestões de Arquivos Digitais
Maná de Segunda - http://cbmc.org.br/mana.htm
EQUIP – www.iequip.org
Referências Bibliográficas
Apostilas de Liderança – Escola de Líderes para ministério com juventude - JUBAM
O Monge e o Executivo – Uma História Sobre a Essência da Liderança, James C. Hunter
“Os tipos de dominação", Capítulo III, In: WEBER, Max Economia e Sociedade,
Vol.I, Brasília: Edunb, 1991:139-167 – Max Weber
Autor
Leandro Ambrosio
Líder de ministério de Comunicação
IB do Coração – Belo Horizonte/MG
Bacharel em Produção Editorial – Comunicação Social – UNI-BH
Ex- Diretor Executivo da Juventude Batista Mineira
leandro@leandroambrosio.com
Skype: leandro.jubam

---------------------------------------------------------------------------------------

Publicações
          Revistas atuais
Revista Juventude Batista
Revista Casal Feliz

      Algumas Revistas já publicadas
Líder Capaz
Juventude Liderança

        Alguns Livros já publicados
Segredos da liderança - 1995 - Josué Campanhã
leandro_007






leandro_011Ser Jovem - 1989 - Vários autores







leandro_017Meditações Fonte de Vida - 2002 - JMM, JUMOC e Hagnos







leandro_018Sexo - Desejando o melhor







leandro_028Amizades







leandro_024Testemunho vivo - 1995 - Milt Hughes
Testemunho vivo Guia para líderes - 1995 - Pam Taylor






leandro_003 Pressão do Grupo







Sexo e tal - 1993 - Michael Lawson/ Dr. David Skypp
Em Cena - 1995
Adolescente, vírgula! - 1991 - Bernadette Corrêa Catalan Soares
101 Idéias Criativas para Grupos Pequenos - 1993 - David J. Merkh
Guia Missionário - 1995
Noções Básicas de discipulado - 1993

--------------------------------------------------------------------------------------------

EDUCAÇÃO PDF  | Imprimir |  E-mail
A longo de sua  história de quase 150 anos, os batistas brasileiros têm primado por sua luta para implantar e desenvolver no país a verdadeira educação para a paz. Para tanto, mantém estruturas educacionais voltadas para  o preparo teológico e religioso de seus líderes e membros em geral, tendo em vista o objetivo de possibilitar a todas as pessoas o conhecimento e a prática da verdade cristã. Seus seminários oficiais (STBSB, STBNB, Equatorial, CIEM e SEC) e sua editora (Editora Convicção) cumprem com total eficácia o papel  de qualificar os vocacionados e de  preparar  as igrejas para o  enfrentamento do desafio de trazer todo homem à perfeição em Jesus Cristo. Os educandários batistas de ensino secular representam uma contribuição de reconhecida relevância na formação  da infância,  da adolescência e da juventude brasileiras.   Os graves problemas que afligem a sociedade brasileira têm nos princípios, na filosofia e na ação educacionais  dos  batistas um caminho real para a concretização de soluções viáveis e   duradouras.
 
                       


--------------------------------------------------------------------------------------

Introdução PDF  | Imprimir |
Qui, 15 de Julho de 2010 14:22
A filosofia da Convenção Batista Brasileira trata, em um de seus capítulos, da Educação Religiosa. Ao fazer isto destaca alguns aspectos muito importantes, aspectos estes que norteiam todas as atividades da Convenção nesta área.

A educação é o processo por meio do qual o ser humano, na condição de educando, toma consciência da vida e nela se desenvolve. Tal processo de conscientização e desenvolvimento abrange as áreas espiritual, moral, física, emocional e intelectual do ser humano, devendo ocorrer de maneira harmônica e equilibrada.
A filosofia educacional dos batistas brasileiros tem por base princípios cristãos que permitam que se alcance o educando da maneira mais abrangente possível no SER, no SABER, no FAZER e no TER.
Os batistas defendem a ideia de que o processo educacional desenvolvido numa escola batista deve constituir-se num meio de possibilitar ao educando e à sua família o conhecimento do plano de salvação em Cristo Jesus.
Algumas das diretrizes que fundamentam a área de educação da Convenção Batista Brasileira são:
  • Promover e apoiar programas que fortaleçam e influenciem na formação da personalidade e caráter da criança, do adolescente e do jovem, atendendo às características dos seus estágios de desenvolvimento.
  • Estimular o crescimento cultural e artístico, principalmente do povo batista, sob todos os aspectos que contribuam para prover os valores cristãos e para aprimorar o conhecimento e a expressão criativa de seus talentos.

Novos Rumos

Acompanhe as mudanças propostas pelo GT de Educação Religiosa através dos textos abaixos, basta clicar:
--------------------------------------------------------------------------------